quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Letras

Letras do tédio
Sem sequência definida, sem bréque ou buzina
Letras da redenção
Sem poetas famigerados, sem licores ou sabores
Letras da perdição
Sem velocidade pressurizada, sem sincronia, sem ar.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quero Acordar

andando me sinto parado
falando me sinto calado
às vezes em pé me sinto sentado
dizendo a verdade me sinto mentindo
até mesmo dormindo,
me sinto excitado.
Em um sonho de sono perturbado
te vejo sumir ao meu lado
e se perder em meio a rinocerontes e macacos sujos.
cogito um grito aflito, absurdo, mas ele não sai.
se instala no coração a latejar.
os labios se movem como quem diz:
Quero acordar, quero acordar, quero acordar.

Vejo e evito um espancamento
não te reconheço, não me importo mais
cada vez mais macaco e mais rinoceronte bruto
no susto,
recomeça o atropelamento.
eu, pelo vento,
perco a vida em décadas a te procurar.
insito no grito aflito, aplico, suplico:
Quero acordar, quero acordar, quero acordar.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bronha Para A Cegonha

Me sinto imundo.
Perdi a vergonha.
To batendo bronha pra cegonha que me trouxe ao mundo.

Unifesta

Vem, me ajuda a ser burro.
Meu sentimento é de jumento.

O Arthur se arrombou

Sou augusto sem anjos
Manuel sem bandeira
Fernando sem pessoa
Adélia sem prado
Beto sem belina
Olho sem menina
Poesia sem rima
Ora, ora sou Tarsis sem droga
Sou Carlos de verdade
A hilda resiste
A clarice é espectro
A vida é doída
Polenta sem carne moída
Como é que pode?
Ser gaucho sem be god
O que é um anacoreta?
Um poeta careta sem caneta.
Um poeta chamado pateta.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Enterro

Este blog que já nasceu morto e não merece velório. Vou enterrá-lo de uma vez. Sem choro nem vela. Nem uma presença. Nem virtual nem...
Não me sinto triste, nem alegre. Nem rio nem choro.
Cansei de ver meus versos agonizarem como uma árvore que cai na floresta e ninguém ouve o barulho. A árvore não caiu. Foi derrubada por si própria. Suicídio vegetal.
A gente se esbarra.