A Primeira Noite de Amor de Vagina Seca e Pau Mole

Isso sempre me deprimia. Todos iam embora antes de mim, e eu chegava sempre em um lugar já pensando em ir embora. Embora essa palavra não existisse em meu vocabulário, não havia nada que eu já não não tivesse feito que eu me envorgonhasse. Pensei nas piores coisas que eu já tinha feito ou presenciado. Achei que eu iria para o céu, mas o que eu faria lá, já que todos meus amigos iriam para o inferno. Não sei falar com papas, muito menos com papais.
Do que eu me lembro, coloquei o colchão no chão e disse, eu nunca fui passivo na minha vida, e cada moto-boy, fumava oito cigarros por dia sem fumar. E repito;
Eu nunca fui passivo na vida, muito menos pelo câncer que só me abandonará quando eu morrer.
Comecei lambendo com toda a saliva de um maconheiro, que é pouca, nesse calor, a mulher mais bonita que fedia a sovaco. Depois ela disse; - você não usa camisinha? E com esse calor, a menina mais bonita que me esnoba está com a vagina fedendo à gorgonzola, apesar de seca. Mas isso não fazia sentido, nenhuma diferença para a cabeça de um ex-viciado-em-tudo-que-se-possa-viciar.
Eu pedi um beijo. Ela nâo deu. Mas eu tive que parar de babar em sua cara para babar em sua vagina seca, minutos antes de ela me chamar de Pau-Mole. Primeiro me deixou pelado, depois ficou pelada. Tentei agarrá-la, mas ela me empurrou e começou a gritar. Eu tapei a boca dela e disse para tomar cuidado pois poderia acordar papai e mamãe que dormiam no quarto ao lado. Quando ela parou de gritar, eu acendi um cigarro. Ela olhou pra mim com cara de ex-prostituta e disse: - Você não vai me comer? Não entendi nada. Resultado; essa foi a primeira e última noite de amor de Vagina Seca e Pau Mole.