quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Fim de tarde

Ambos estáticos na casa, meu pesar era um frio da urgência dos pedagogos, assim mais pedagogos em gelo qual poderiam imaginar confabulâncias enquanto deglutiam cerveja, e ela contida, contribuindo na tarde dos cantos os quais eu mesmo ficava gelando a entender. É de se imaginar algo como a pele do gole, contribuindo no azul um ornamento levemente mais possível. Há o gosto de nosso imóvel em mofo, abandonado no fundo do inconsciente, gerando delicada poeira, aonde nenhum dos pedaços permanece: uma caixa áspera de sacrifício se vai assoprando o gato dos vizinhos e se rebate no zinco quente de nossa metáfora em afobamento, morno e triste. Apenas prefiro cuspir de irreparável, mas do onírico quente cigarro, indiferente, lembro de sua cabeça com longos cabelos negros que me deixavam em falta dos despautérios canibais medíocres que nos tocavam a boca. Sua boca. Um enxergado colchão que intermitindo se pôs a levar-nos para um passeio menos vazio e perto e gato e jasmim e curió e travesseiro e algodão. Terras de banho em altura na mente, determinação de pedido. Cumprimento-me de farol. Jogo água em sua cabeça com calma e concentração, me faz o pano virar o quê existe, mas quem parava os carros era outro cara. Sua unha tinha jasmim, alma, sacrifício e irresponsabilidade, mas eu a adorava, aquela minha marcada doença sua na falta de escutar o alvo, baixas linhas, ruas refletidas tanto de cima quanto de baixo sem escutar acusado o erro, saindo em longa sede na caminhada, na busca de melhores copos. Miro o espelho. O espelho me mira. Melhores fazem as faltas suas, mulher, na casa que nunca tivemos, na vida que nunca tivemos, pois desisti de tanto falarem em minha demente compunção, se eu te amava até mais que meu alimento, diabo sanguinolento, caminhando contra as rajadas de vento. Andava de madrugada até seu encontro na nossa antiga casa, pensava em voltar antes mesmo de sair, com certa crueldade para com os tapetes, talvez teria paz, fumar num lugar seguro, sem caros milagres, conheço bem todos os seus ângulos, restou o resto do fim da nossa dor. Culpa provavelmente de acidentes de quebra, o seu, um, melhor, ambos mais que vidro, um nunca existiria sem fraqueza. Sua amizade em proposição, pois fomos mais, tamanha natureza do empreguismo natural. Vira a página, teoria. Podemos iniciar com o fato que aquele todo que revela ao que abandona individualmente, com tendo cego um pobre verme como eu, que antes de morar, um parasita da noite, aqui quem pede sempre é noite, não havia lá laços que não podessem desatar com a memória. Um livro, o escondendo e alimentando-se do resto, que eu havia começado a escrever sobre ti e nunca terminei, dizia: “Rejeitada no sofá, olhava as paredes, arrastando na sua nova física seus podres familiares, confundindo-se com um espreito vadio, checo, acoimada ante o recinto subido, cansada pelas lamúrias, pela exceção do parvo, dentre seu inferno cada um de nós em seus arraiais próprios, que nos leva por um símbolismo abismado.” Um destes personagens a título de ilustração leva o usineiro além das barcas, em diferentes avarezas, e os sociais para embarcações mortas, diferentes do homem típico, da medicina subvertida e seus pequenos virtuosos, que seriam seus para serem mais fatais, apenas, um elevado finado para as obras de ambiciosos pacientes não memoráveis em amantes portadores. Largo um primoroso colidir, vendo, subindo seu corpo para além de muito bem, para além de tudo mais, entortando meu crânio no mais ainda que queira saber, vou-me embora pro ceará. E quem sabe lá.

6 comentários:

  1. poesia em prosa. Parla!

    aquela minha marcada doença sua na falta de escutar o alvo

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  2. Poesia em prosa. Parla!

    aquela minha marcada doença sua na falta de escutar o alvo

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  3. pro Ceará só pra passar férias, mora lá não, que não vale a pena.. :D

    muito legal!!!

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