segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

''tira tira'', ''não aponta pra cara de deus''. ele ficou puto falava, ouvia e só. era tudo gracinha. coçava uma parte qualquer e esquecia como um cão. voltava a esquecer. falava só de quando em quando, pelo prazer de engolir mosquitos.deleitava deveras, ela ria, esse era o prazer da sua vida. fora isso, havia os passeios na praça, pra ver briga de cachorro. era confunfido: estatura, normal. timbre de voz, normal. cor dos olhos, normal. exceto pela elefantiase que tomara o penis por completo, era um cara mediano, como os outros. por ele só era possóvel sentir afeição.certa vez fez uma simpatia cum gai de arruda, ovos e agua de torneira. a inexperiência no assunto resulto num mal que o tomou e sua boca entortou deformando a fala, rogou uma praga em deus pela desgraça que lhe aconteceu. ficou manco e dominado por perebas que até os cães recusavam lamber. no fundo no fundo ele era feliz, mas aconteceu que ele cavou um buraco onde morou e mijou por dez anos. não devemos fazer um burraco, mijar e cagar nele para chamá-lo de casa. esse era o caso de deus mostrar-lhe sua fúria, mas o pobre agora estava abandonado até pelo diabo, e os cães só o seguiam para roubar uma restia, biscatear uma especiaria que caisse no chão. nos lamentos ele lembrava da desgracada que lhe levou a alegria e a sanidade necessária para viver, via sua deusa como uma larvinha em cada folha de alface. sugadora da vida, veículo das dor e da mágoa. é triste que o amor o largaste louco, meu amigo, mas só ele pode te curar. isso arrombava o cú das possíbilidade dele ser feliz enquanto brotava novas perebas, agora pela cara, cú e alma.

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