quinta-feira, 22 de abril de 2010


essa cortina bonita, a poltrona toda reformada, toda minha-cara, essa casa toda minha, maior que eu, se num te cabe dentro?
é, sinto sua falta inflando essa casa toda, tornando-a pequena, sem o dentro-cabível, nos expulsando pra outro lugar. a casa-silêncio, incomodando mesmo. me falta até o incomodo. a secura na boca com o corpo não-seco. aquelas palavras que saem da sua boca, numa língua que não conheço, mas que entendo, porque no estado em que nos encontramos, somos estrangeiros de um mesmo lugar. somos da Saudade. da arte e da Saudade.

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