Às vezes me acho um gênio
Às vezes me acho um néscio,
Ora me sinto canhoto
Ora me sinto destro.
Às vezes é bom estar vivo
Às vezes é bom estar morto,
Ora é bom ser reto
Ora é bom ser torto.
Às vezes me sinto tolo
Às vezes me sinto esperto,
Ora fora de moda
Ora inteiro moderno.
Às vezes quero gritar
Às vezes ficar quieto,
Ora bem longe
Ora bem perto.
Às vezes eu entendo
Às vezes deixo pra lá,
Ora a comprimir
Ora a estourar
Mas na maior parte do tempo,
Sou um néscio destro morto torto tolo fora de moda que grita bem perto!
Eu entendo
Deixa pra lá.
TEMPO
Há 9 anos
Louco o modo que você exprime a ambigüidade. Ela é demonstrada pelo próprio inicio das frases de maneira muito explicita. E a escolha das definições finais se dá estruturalmente perfeita, pela seqüência: 2 e 4 nas duas primeiras estrofes, 1 e 2 na terceira e 1 e 4 na quarta. Muito massa, créo. Abraço!
ResponderExcluirp.s. - só eu comento nesse brogue? rs
Perfeito poema!
ResponderExcluirAdorei!