quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sendo Assim Assino

Minha entranha me estranha
Minha sombra me assombra.
Minha terra me aterra
Minha serra me serra.
Minha barragem me barra
Minha cerca me cerca.

Minha fé me fere
Minha mata me mata.
Minha gana me engana
Minha bala me abala.

Minha água me água
Minha tormenta me atormenta.
Minha sola me assola
Minha cara me encara.

Minha espera desespera
Meu amo me ama.
Minha malha me malha
Minha cana me encana.

Minha figura se afigura
Minha morte amortece...

Minha torre me torra!
Meu pico me pica!
Meu cume me come!

Meu mar me mima
Meu sonho se assanha
Meu assassinho me assa.
Meu rio se ri
Meu mecena me encena
Meu fogo me afoga,
Meu ar me ara
Minha fobia me afoba
Meu trato me maltrata;
O atroz me atrai
Os persas me perseguem.

Minha sina me ensina
Meu sim é meu sino.
Meu não é um nano
Um nano é humano.
E Sendo assim,
Eu assino.

3 comentários:

comentar