segunda-feira, 9 de novembro de 2009

hoje


Ferida acordou hoje se sentindo muito aberta ao mundo (propícia à inflamações), era Uma Lembrança. Fez seus caminhos de rotina. Acorda, xixi, come, lava louça, vê e-mail, responde, para, cocô, volta, lê, visita coisas de amigos, permina aquela pesquisa, toma banho, almoça,... mas tudo hoje parecia doer, na Ferida que estava mais aberta. O taco de cada passopisada se fazia presente, como aquele mindinho q bate na quina e parece maior que o dedão, dentro do sapato. Os cheiros, as vozes, a musica, o vento frioecalor, eram agrassivos com ela.
"Nesse momento parece que temos que viver por algo maior, ou por alguem, pra não pensar em terminar sem ternura".
Lembrou do seu pai e da sua avó, que eram mindinhos arrebentados em portas, Ferida(s) fechadas, e não quis mais brincar de mundo, por isso foi dormir mais cedo. Às 13h.

2 comentários:

  1. Esse texto me fez refletir sobre a minha vida, e pensar se realmente vale a pena ficar com estes "dedinhos" enfermos. Por que não fazer um curativo neles e respirar aliviada...

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  2. Estranho esse texto estar aqui hoje. Sonhei com imensos pés de acerola com milhares de pessoas as colhendo. as acerolas eram do tamanho de maçãs de tão criadas. quando me aproximei para colher percebi que apesar de grandes elas eram podres. Acordei me sentindo um machucado e queria entrar dentro de um band aid.

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