sábado, 5 de dezembro de 2009

Xavier

O movimento inicia-se com uma introdução em Si bemol, em Adágio, constituído de 38 compassos, dividos em quatro seções. O início se dá com a cadência de I - IVm - Im - % - % - V, concluindo no quinto grau gerando assim uma sequência de acorde suspenso. No compasso 18, há uma repetição gestual de meio-tom acima. No compasso 26 há a repetição do gesto inicial dos primeiros violinos cadenciado para um Bb maior do primeiro compasso. O allegro Vivace entra no quinto grau (V7). Nessaintrodução do allegro, há a orquestra fazendo a repetição do acorde de V7(f7) impermeado poR motivos nos dois violinos. Essa é a ponte para a exposição do tema do alegro. Esse motivo é uma escala com quatro notas que vai de fá resolvendo no dó que está no acorde da orquestra. Essa quatro notas são utilizadas nos compassos 39 e 40 (utiliza igualmente uma escala que vai de fá a dó aonde dó é a chegada do acorde). Nos compassos 41 e 42 esse motivo é reduzido para apenas duas notas de forma a acompanhar a maior frequencia com que os acordes são repetidos. Esse motivo de uma escala no quarto compasso preparando um acorde acontece em vários momentos do Allegro. No compasso 46 há a variação do gesto do sexto compasso nos violinos, os oboés respondem em graus diatônicos e há uma resolução no primeiro grau. Todo esse novo elemento conclui-se no compasso 65. Há a resposta das madeiras em acordes e o pizzicato do fagote a partir do compasso 65 utilizando a melodia no violino (Iniciando uma resposta uma sétima abaixo no segundo violino no compasso 69). Ocorre um jogo entre os violinos no compasso 71 até culminar na resolução do Bb no compasso 77. No compasso 81 é utilizada a combinação de metais com tímpanos e o violoncelo e o contrabaixo utilizam o gestual do violino demonstrado pela primeira vez no compasso 6. A viola faz uma variação sobre esse gesto. No compasso 85 há a repetição da melodia oitavada. O gesto dos metais com os tímpanos passam para as madeiras no compasso 92. Há a ocorrencia de uma sequencia de diminutos para a resolução no primeiro grau.
Há um solo de fagote com pedal que passa para o oboé e por sua vez para a flauta. No compasso 104 os violinos fazem uma variação do gesto utilizado para o bloco de acordes da introdução. Inicia-se o segundo tema a partir do compasso 111. Há um solo de fagote e clarinete em imitação, utilizando o intervalo de oitavas. Do compasso 149 ao 152 há o gesto das cordas em colcheias de3monstrado ainda na introdução. Entramos na tonalidade de Fá maior e no compasso 160 temos a confirmação dessa nova tonalidade. No compasso 177 as violas acompanham em terças a melodia do violino e no compasso 187 temos o aparecimento pela primeira vez de um gesto que será muito utilizado por bethoveen durante a peça (assim como o gesto dos violinos no sexto compasso). Esse gesto é marcado por duas semicolcheias e uma colcheia em graus diatônicos ascendentes. O segundo tema dura até o compasso 173 no fortíssimo, aonde surge uma ponte até a pausa no compasso 190 da casa I. No compasso 198, novamente o gesto do compasso 6 aparece nas violas, violinos e celos, sendo que um compasso depois o violino retoma a exposição. Pedal nas madeiras, jogo entre cordas e primeiro violino no compasso 196. No compasso 203 os celos fazem o gesto descrito no compasso 6 e a seguir, violinos e violoncelos alternam jogos entre quatro semicolcheias e um acompanhamento em semínimas. Há uma alternancia na construção da melodia no violino a partir do compasso 116 é utilizado o gesto do compasso 187 com o do compasso 6. Os violoncelos fazem uma melodia que é repetida depois transfigurada para as madeiras. No compasso 230 as madeiras se valem do acompanhamento feito pelos cellos no trecho anterior em que eles acompanhavam os primeiros violinos. A melodia dos violinos é repetida pelo clarinete no compasso 234. No compasso 240, os violinos fazem a ponte da harmonia com o gesto do compasso 187. O jogo utilizado até o compasso 249 (Aonde entram bloco de acordes) é marcado por seminimas e o violino utiliza o gesto do compasso 187 para entrar na nova seção em fortíssimo e desenvolve sua melodia a partir disso. O acompanhamento utilizado pelos celos e baixos passa para os violinos no compasso 254. No compasso 257, aparece novamente a melodia do violino no compasso 249 com o acompanhamento em semínimas dos celos e baixos. Parte do compasso 270 (que vem de uma longa suspensão do acorde de Bb diminuto, esse acorde se mantém nos violinos até o compasso 281, onde entra a viola e o celo no acorde de Lá sustenido menor (Enarmonia do Bb diminuto) que vai caminhar para o acorde no compasso 287, aonde aparece o motivo de 4 semicolcheias que encaminha para um acorde de Fá sustenido com nona que vai resultar numa escala descendente de Sol sustenido a Lá sustenido sobre o acorde de Fá sustenido com sétima e ausente de terça. Essa mesma escala no compasso 297 é realizada nos segundos violinos, violas e posteriormente nos celos até desembocar no acorde de Bb diminuto no compasso 302. Essa passagem pelo tom de Si faz uma analogia ao intervalo de meio tom utilizado na introdução. A partir do compasso 310 inicia-se um desenvolvimento do motivo com caráter de anacruze utilizada no início do primeiro tema. Esse motivo é utilizado principalmente na forma de tercina em semicolcheias ou duas colcheias até o compasso 333 aonde há o retorno da orquestra. A partir do compasso 337 retorna o mesmo motivo do compasso 6, voltando o tema original do vivace variado que é desenvolvido de uma forma geral como o vivace inicial. Essa reexposição é do 337 ao 461. No 345 e 346 há uma semelhança da escala utilizada com a escala do 289 e o 290, apenas variando em seu desenvolvimento, ou seja, com a diferença de meio tom e acompanhada de acordes, porém não é desenvolvida, apenas ocorre como uma citação. No 351 o motivo de duas colcheias de notas repetidas reaparece. Do 351 ao 368 há uma similariedade do uso das notas repetidas com os compassos 85 ao 94. A diferença está que nesse desenvolvimento são colocados esforzandos no terceiro tempo, ao invés do primeiro. Todo esse trecho, de certo modo, ainda é um desenvolvimento do que se segue. Esse desenvolvimento da reexposição dura até o 461, aonde inicia-se a coda no 462 com o motivo do primeiro tema, concluindo na tonalidade dominante de Bb.